sábado, 24 de setembro de 2011

Resumo do texto: "Tupinambá e Tapuia " (Aula 22/09/2011)


“Tupinambá e Tapuia” In: SOUSA, Antonio Lindvaldo. Temas e História de Sergipe I. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD, 2007. pp. 47-59.

Tupinambá e Tapuia (Aula 22/09/2011)
Por: Silvia Maia de Oliveira
O texto “Tupinambá e Tapuia” do professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa, é composto pela apresentação (p. 47); Introdução (p. 48), Ser Indígena (p. 49); Atividades (p. 55); Conclusão, Resumo, Atividades (p. 58) e Referências (p. 59). Existem dois mapas ilustrativos, mostrando os rios, conhecidos hoje como Real e Sergipe e o outro, indicando a presença de jesuítas no atual território de Sergipe. Além disso, 4 imagens compõe o referido texto, como forma ilustrativa.
Segundo Sousa, antes da chegada dos primeiros jesuítas ao território compreendido por Sergipe, existiam inúmeros grupos de povoamentos indígenas na região, próximo aos rios conhecidos hoje, por Real e Sergipe. Os primeiros jesuítas que aqui chegaram em 1575 foram os irmãos Gaspar Lourenço e João Solônio. O autor menciona que, “os jesuítas sabiam por que estavam construindo suas missões no litoral do território brasileiro. Eles só chegaram a Sergipe [...]”. (p. 49).
Outra abordagem feita por Sousa é de que “havia espaços ocupados e culturas antes da chegada desses padres e demais colonizadores no território sergipano”. (p. 50). Nesse sentido, segundo o autor, a História de Sergipe e do Brasil como um todo não começa com a chegada do homem do “Velho Mundo”.
Sousa lembra em relação aos manuscritos, “não conhecemos nenhuma fonte escrita pelos próprios primeiros habitantes que nos proporcionam uma aproximação da sua maneira de ser, dos seus símbolos, dos seus rituais, entre outros aspectos da cultura. As fontes que temos são deixadas pelos viajantes, cronistas, padres ou documentos do colonizador” (p. 50). Dessa forma, “o pesquisador está diante das fontes escritas pelo colonizador e a elas estão cheias de armadilhas, podendo nos levar a uma compreensão distorcida dos primeiros habitantes” (p. 51). Por conta do preconceito, a partir do etnocentrismo.
No que se refere aos índios, Sousa aborda que para não haver generalização dos primeiros povos, existem duas unidades culturais e/ou raciais dos índios, sendo: os tupi e os tapuia. Sousa cita Dantas, “a categoria nativa Tapuia foi transformada em categoria analítica, dando início a um processo de classificação por exclusão: o que não fala Tupi, é Tapuia” (p. 52). Segundo Sousa, “Tapuia é uma palavra da língua tupi que significa bárbaro e inimigo. Os tapuia eram uma generalização dos tupinambá em referência a todos os outros povos inimigos deles que habitavam outras partes do território brasileiro que não litoral, sendo que nem falava as suas línguas” (p. 52). Além dos tupinambá, outros índios habitaram o território sergipano, como os Kiriri, Boimé, Karapotó, Aramuru, Kanxagó, entre outros.
Sousa aborda sobre os Tupinambá, “estavam localizados, principalmente, na costa sergipana à época da chegada dos jesuítas e dos demais conquistadores. O ‘modo de ser’ tupinambá deixou várias marcas no litoral nordestino”. (p. 54).
Finalizando o texto, o autor menciona os vários termos utilizados hoje, pelos tupinambá, como o beiju tão popular na culinária sergipana, o jenipapo, maturi e sururu. Cada nome possui significados segundo a cultura tupinambá. O jenipapo, por exemplo, “era usado como bebida e tintura para escurecer a pele, para se esconder dos espíritos maus ou ir à guerra”. (p. 56). Pode-se observar que os povos indígenas possuem suas especificidades e rituais específicos de cada um, o que torna o estudo sobre eles, mais interessante!


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