terça-feira, 27 de setembro de 2011

Relatório do seminário 7. Fontes históricas: fontes arqueológicas - 27/09/2011


Olá galerinhaa, mais uma postagem de relatório, da disciplina Temas e História de Sergipe I, ministrada pelo prof. Dr. Antônio Lindvaldo Sousa. A Apresentação realizou-se na Did. 3, sala 110, no dia 27/09/2011, às 20h10. O tema do seminário, “Fontes Históricas: fontes arqueológicas”, os integrantes: Alison Oliveira, Felipe Trindade, Ítalo Duarte, Leninaldo Cruz (não compareceu) Tavyla Laís. Os recursos utilizados: apresentação oral, data-show, vídeo, folder e fotografias.
O acadêmico Ítalo Duarte foi quem apresentou o tema e o grupo, em seguida mostraram o vídeo sobre a Arqueologia como fonte histórica. Após a exibição do recurso audiovisual, o Felipe abordou sobre a origem da história, citando os expoentes desta ciência, como Heródoto e Tucídides, de acordo com a explicação, foram eles os primeiros historiadores nas quais mostravam os grandes acontecimentos da Grécia para que não fossem esquecidos.
No entanto, a Arqueologia deriva da história, tendo surgido como uma maneira de disponibilizar as fontes escritas sobre o passado e de complementar as informações existentes com evidencias materiais escritas, além de auxiliar a história.
O discente Alison explicou sobre fontes históricas e artefatos, segundo ele, os arqueólogos descobriram sarcófagos egípcios e escreviam textos a respeito, como se estivessem “invadindo” a área do historiador.
Dando continuidade ao seminário, o aluno Ítalo explicou sobre as fontes arqueológicas e as fontes escritas. Mencionando ser possível aliar fontes escritas sobre as sociedades ágrafas com fontes arqueológicas, assim como, os achados arqueológicos na comparação das sociedades, inclusive, fontes arqueológicas e fontes escritas.
A aluna Tavyla, abordou sobre como se aprofundar no estudo das fontes arqueológicas. Para isso, é necessário elaborar um relatório de escavações e catálogos de peças, depois deve fichar com fontes e separar interpretações da documentação primária, além disso, prepara fichas de artefatos.
Ao final da apresentação, os componentes do grupo mostraram à turma, fotografias arqueológicas. Só assim, temos uma noção de como é o trabalho dos arqueólogos!


sábado, 24 de setembro de 2011

Resumo do texto: "Tupinambá e Tapuia " (Aula 22/09/2011)


“Tupinambá e Tapuia” In: SOUSA, Antonio Lindvaldo. Temas e História de Sergipe I. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD, 2007. pp. 47-59.

Tupinambá e Tapuia (Aula 22/09/2011)
Por: Silvia Maia de Oliveira
O texto “Tupinambá e Tapuia” do professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa, é composto pela apresentação (p. 47); Introdução (p. 48), Ser Indígena (p. 49); Atividades (p. 55); Conclusão, Resumo, Atividades (p. 58) e Referências (p. 59). Existem dois mapas ilustrativos, mostrando os rios, conhecidos hoje como Real e Sergipe e o outro, indicando a presença de jesuítas no atual território de Sergipe. Além disso, 4 imagens compõe o referido texto, como forma ilustrativa.
Segundo Sousa, antes da chegada dos primeiros jesuítas ao território compreendido por Sergipe, existiam inúmeros grupos de povoamentos indígenas na região, próximo aos rios conhecidos hoje, por Real e Sergipe. Os primeiros jesuítas que aqui chegaram em 1575 foram os irmãos Gaspar Lourenço e João Solônio. O autor menciona que, “os jesuítas sabiam por que estavam construindo suas missões no litoral do território brasileiro. Eles só chegaram a Sergipe [...]”. (p. 49).
Outra abordagem feita por Sousa é de que “havia espaços ocupados e culturas antes da chegada desses padres e demais colonizadores no território sergipano”. (p. 50). Nesse sentido, segundo o autor, a História de Sergipe e do Brasil como um todo não começa com a chegada do homem do “Velho Mundo”.
Sousa lembra em relação aos manuscritos, “não conhecemos nenhuma fonte escrita pelos próprios primeiros habitantes que nos proporcionam uma aproximação da sua maneira de ser, dos seus símbolos, dos seus rituais, entre outros aspectos da cultura. As fontes que temos são deixadas pelos viajantes, cronistas, padres ou documentos do colonizador” (p. 50). Dessa forma, “o pesquisador está diante das fontes escritas pelo colonizador e a elas estão cheias de armadilhas, podendo nos levar a uma compreensão distorcida dos primeiros habitantes” (p. 51). Por conta do preconceito, a partir do etnocentrismo.
No que se refere aos índios, Sousa aborda que para não haver generalização dos primeiros povos, existem duas unidades culturais e/ou raciais dos índios, sendo: os tupi e os tapuia. Sousa cita Dantas, “a categoria nativa Tapuia foi transformada em categoria analítica, dando início a um processo de classificação por exclusão: o que não fala Tupi, é Tapuia” (p. 52). Segundo Sousa, “Tapuia é uma palavra da língua tupi que significa bárbaro e inimigo. Os tapuia eram uma generalização dos tupinambá em referência a todos os outros povos inimigos deles que habitavam outras partes do território brasileiro que não litoral, sendo que nem falava as suas línguas” (p. 52). Além dos tupinambá, outros índios habitaram o território sergipano, como os Kiriri, Boimé, Karapotó, Aramuru, Kanxagó, entre outros.
Sousa aborda sobre os Tupinambá, “estavam localizados, principalmente, na costa sergipana à época da chegada dos jesuítas e dos demais conquistadores. O ‘modo de ser’ tupinambá deixou várias marcas no litoral nordestino”. (p. 54).
Finalizando o texto, o autor menciona os vários termos utilizados hoje, pelos tupinambá, como o beiju tão popular na culinária sergipana, o jenipapo, maturi e sururu. Cada nome possui significados segundo a cultura tupinambá. O jenipapo, por exemplo, “era usado como bebida e tintura para escurecer a pele, para se esconder dos espíritos maus ou ir à guerra”. (p. 56). Pode-se observar que os povos indígenas possuem suas especificidades e rituais específicos de cada um, o que torna o estudo sobre eles, mais interessante!


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Resumo do texto: “Afinal, o que é cultura?” (Aula 20/09/2011)


“Afinal, o que é cultura?” In: SOUSA, Antonio Lindvaldo. Temas e História de Sergipe I. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD, 2007. pp. 39-45

Resumo do texto: “Afinal, o que é cultura?” (Aula 20/09/2011)

Por: Silvia Maia de Oliveira

O texto: “Afinal, o que é cultura?”, do professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, aborda sobre o conceito de cultura. O referido artigo é composto por: Introdução, na página 40; O que é cultura? na página 41; Conclusão e Resumo ambos, na página 44 e Atividades e Referências, na página 45. O autor utilizou 5 imagens ilustrativas.
Inicialmente Sousa coloca a seguinte citação encontrada na página 40, de Pero Magalhães de Gândavo e de Gabriel Soares de Souza, “os índios são bárbaros. Eles não têm religião, regras morais, leis e rei”. O autor explica essa visão etnocêntrica destes referidos portugueses, de que existem dois modos de ser gente, “um, dos índios, considerados ‘sem fé, sem lei, nem Rei’ e o outro, do ‘Velho Mundo’, o dos portugueses, daqueles que têm a fé, a lei e o rei” (2007, p.40). E em seguida, Sousa faz a seguinte indagação, mas afinal, o que é cultura?
No tópico que discute o título do artigo, o autor menciona alguns exemplos de diferentes culturas, como por exemplo, é proibido comer carne na Índia e da mesma maneira comer carne porco para judeus e muçulmanos. Segundo Sousa, “tais comportamentos podem ser estranho para nós, da mesma maneira que comer carne desse animal soa como um sacrilégio para os indianos”. (2007, p. 41). É necessário respeitar outras culturas.
Em outra abordagem, Sousa informa que, “somos animais construtores do nosso mundo, da nossa cultura”. (2007, p. 41). Ou seja, o ser humano produz sua própria cultura. O autor expõe uma interessante colocação de que, “o homem, diariamente, produziu artefatos, símbolos, rituais e sociabilidades. Todavia, nem sempre essa produção é funcional no sentido de atender às necessidades básicas de sobrevivência”. (2007, p. 42).
Nesse sentido, de acordo com Sousa, cultura, “é compreender o fazer social dos indivíduos de ‘carne e osso’, sua experiência cotidiana, onde vários artefatos materiais e imateriais são produzidos. Assim, os homens do Velho Mundo estavam cumprindo sua cultura na medida em que identificavam os índios como bárbaros de acordo com o seu fazer social. Da mesma forma, os considerados bárbaros não eram bárbaros. Tinham também um modo de fazer social com seus respectivos artefatos materiais e imateriais. Esses modos de ser diferente do ser humano é o que denominamos de cultura”. (2007, p. 43).
O autor conclui o texto, mencionando que cada povo tem seus próprios valores, crenças, saberes, festas, história, e a soma disso representa os seus traços culturais, que se manifestam nos “modos de ser”. Desse modo, é fundamental para o historiador respeitar às diferenças, para que não haja preconceitos à imparcialidade do profissional de história. Pois, cada povo tem sua cultura, e é necessário compreendermos o modo de ser de cada comunidade dentro do seu tempo e espaço.

Resumo do texto: “Pela possibilidade de uma nova história dos ‘outros’” (aula 20/09/11)


“Pela possibilidade de uma nova história dos ‘outros’”. In: SOUSA, Antonio Lindvaldo. Temas e História de Sergipe I. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD, 2007. pp. 13-33

Resumo do texto: “Pela possibilidade de uma nova história dos ‘outros’” (aula 20/09/11)

Por: Silvia Maia de Oliveira

O texto, “Pela possibilidade de uma nova história dos ‘outros’”, do professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, aborda sobre a história escrita, conhecida por historiografia. E o mesmo está dividido em quatro subtópicos, entre eles estão: “Pela Possibilidade de uma Nova História dos ‘Outros’”; “Uma história ainda a se fazer”; “Os ‘Heróis’ ainda invadem uma certa historiografia” e, “Possibilidade de uma outra história...”. Além disso, Sousa acrescentou dois textos, são eles: “Texto 1: A História Cultural de Carlo Ginzburg” e o texto 2, intitulado: “A História Local” e dividido em: Resumo; Introdução; Valorização da História Local; Ex Locus Et Mundi; Conclusão e Referências. O autor indicou o filme: “O Fim e o Princípio”, com direção de Eduardo Coutinho. Para compor o artigo, Sousa utilizou 34 referências bibliográficas.
Inicialmente, Sousa expõe a citação do professor José Calasans Brandão da Silva, mencionando sobre o amplo campo para o estudo da história de Sergipe, referindo que, “certas áreas do saber histórico jamais foram desvendadas, outras, apenas mui rapidamente olhadas”, (2007, p. 13). O que pode ser observado sobre a História de Sergipe, os estudos realizados geralmente, são em artigos acadêmicos, monografias, dissertações de mestrado e doutorado. Segundo Sousa, “a nossa história de Sergipe ainda se pauta prioritariamente pela história política institucional e econômica” (2007, p. 14).
Nesse sentido, o autor chama a atenção para outras e novas abordagens referentes à Sergipe, “na temática da cultura negra, indígena e dos mestiços, por exemplo, há menos produção e muitas janelas para serem abertas. O cotidiano dos homens e mulheres brancos e pobres são citados nos temas mais gerais de História de Sergipe, aparecendo mais como dados estatísticos ou notas secundárias a um tema central. Da mesma maneira, pouco se estudam os sujeitos anônimos de nossa história”. (2007, p. 15). Além disso, os historiadores devem ampliar o campo da historiografia com novos objetos de estudos, com novas abordagens.
O tópico seguinte, “Os ‘heróis’ ainda invadem uma certa historiografia”, refere-se à priorização do estudo referente aos “grandes homens”, privilegiando sujeitos da classe dominante, mencionados em jornais sergipanos. Para Sousa, “homens e mulheres comuns praticamente inexistem. Alguns comuns aparecem como ajudados pelos heróis. Assim, esses escritores desejam que o presente relembre o passado do homem herói, digno de um lugar privilegiado na história”. (2007, pp. 17-18).
Em, “A possibilidade de uma outra história...”, o autor aborda, que a história do cotidiano, dos personagens anônimos, se perdem por esquecimento do historiador do que por efetiva ausência de documentação. No entanto, a historiadora Maria Thétis Nunes, utiliza em sua historiografia sobre temas concernentes à Sergipe, em suas influentes obras, “Sergipe Colonial I e II”. A referida autora menciona sobre ”o índio na formação sergipana”. Felisbelo Freire é outra referencia para a historiografia sergipana em suas obras, “História de Sergipe” e “História Territorial em Sergipe”.