quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Relatório Seminário: Garcia D’Ávila e a colonização de Sergipe - 22/11/2011


Oiiiiiieeeee galerinha, segue a postagem da apresentação do último seminário da disciplina Temas em História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa foi realizada na didática 3, sala 110, às 19h35, com a apresentação do tema “Garcia D’Ávila e a colonização de Sergipe”, composta pelo grupo: Crécia Maria, Jorge dos Santos, José Souza e Tony Alan.
Inicialmente, o componente Jorge foi quem abriu o seminário, apresentando o tema e, em seguida o grupo apresentou o vídeo, baseado na viagem realizada ao Castelo Garcia D’Ávila, na Praia do Forte, na cidade Mata de São João/BA no dia 19/11/11, mostrando a aula ministrada pelo professor Antônio Lindvaldo Sousa. Dando continuidade a apresentação, o discente Jorge, explanou sobre quem foi Garcia D’Ávila. O mesmo nasceu em Portugal, filho (considerado como sendo bastardo por alguns historiadores) de Tomé de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil. Garcia D’Ávila veio na expedição do pai ao Brasil, chegando à Bahia em 29 de março de 1549. E foi um poderoso criador de gado.
O acadêmico Souza abordou sobre a importância da Casa da Torre, na qual possuía duas funções: a econômica, com a criação de gado e, o caráter bélico, na qual servia como QG, ou seja, um ponto estratégico, para os encontros dos portugueses nos assuntos referentes à guerra, a contra os índios e aos holandeses.
Nesse sentido, quando Tomé de Sousa chegou ao Brasil, trouxe consigo um regimento à quem fosse dado uma sesmaria, deveria construir uma casa ou uma torre que fosse forte e resistente, geralmente os materiais utilizados era a cal de marisco e alvenaria. Vale ressaltar ainda que, Tomé de Sousa doou a Garcia D'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria nas quais lhe haviam sido outorgadas pelo rei D. João III. O domínio territorial da família D’Ávila era extenso, indo da Bahia até o Maranhão. Após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de Salvador, Garcia D’Ávila, ergueu a Casa da Torre em 1550, em 1557, era o homem mais poderoso da Bahia.
Segundo a explicação do discente Souza, a família D’Ávila foi importante para a repressão de movimentos sociais, como a Sabinada. Ganharam importantes títulos e possuíam uma forte influência política. Uma curiosidade era que o nome Garcia era comum na família de Tomé de Sousa.
A acadêmica Crécia explanou sobre a colonização de Sergipe. As terras sergipanas tão cobiçadas por Garcia D’Ávila para a expansão de território, compreendia o Rio Real ao Rio São Francisco. Terras essas propícias para a criação de gado. No entanto, essa grande área era habitada por tribos indígenas, espalhados no território sergipano. Nesse momento, os jesuítas já faziam suas missões para a catequização dos índios. E a relação entre Garcia e os jesuítas não eram amigáveis, pois os interesses de ambos eram convergentes. Nesse ínterim, Cristóvão de Barros também criador de gado, juntamente com outros criadores de gado e índios amansados montaram um exército no combate aos índios. Houve uma guerra sangrenta, acontecia a “Guerra Justa”. No entanto, a participação de Garcia D’Ávila na referida batalha, cedeu homens, munição e a Casa da Torre, como sendo a sede.
Outra abordagem feita por Crécia estava relacionada a respeito da ligação família D’Ávila e da Casa da Torre, com a história de Sergipe. Ocorria de acordo com o forte poder, na qual interromperam o trabalho dos jesuítas em suas missões. Após a guerra, Cristóvão de Barros funda o núcleo de povoamento, São Cristóvão. Dessa forma, o território fica dividido em sesmarias.
O último integrante da equipe, a apresentar foi o Tony, abordando sobre as gerações da família de Garcia D’Ávila. Ao longo de 300 anos de história, na referida família tiveram nove gerações. Desde o fundador da Casa da Torre em 1549, Garcia D’Ávila à Antônio Joaquim Pires Carvalho e Albuquerque.
Concluindo a apresentação, foi salientado que a Casa da Torre, o Castelo Garcia D’Ávila, estendeu sua imensa propriedade pelo vasto sertão, através do controle e dominação. Além disso, ao longo da trajetória da família, aconteceu inúmeras maldade, por pura arrogância, por serem brancos e descendentes dos portugueses, sentiam-se superiores ao escravo, no caso, os índios. Além disso, a decadência da hegemonia da família D’Ávila ocasionou-se em vários fatores, como a crise no açúcar, o fim do morgado, a concorrência com o gado do sul do país, secas no sertão, o crescimento populacional, dentre outros.  Tornando assim, o Castelo Garcia D’Ávila, a sua Casa da Torre, em ruínas.

domingo, 20 de novembro de 2011

Relatório Viagem ao Castelo Garcia D’Ávila - 19/11/2011

A segunda viagem realizada na disciplina Temas e História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, foi para a Bahia, no Castelo Garcia D’Ávila, no dia 19 de novembro de 2011. Os locais de onde saíram os ônibus foram: no posto de gasolina, em frente ao Shopping Jardins e o outro no posto de gasolina da Rodoviária Nova. O primeiro ponto estava previsto sair às 5h, houve um pequeno atraso de 10 min.. A viagem teve duração de 4h.
Chegamos ao parque Garcia D’Ávila, localizado na região norte da Bahia, na Praia do Forte, às 9h50. Ao chegarmos fizemos uma fila para entrarmos no parque. No local tiramos fotos e, depois fomos conduzidos pelo professor Lindvaldo a um grande salão, para que o professor pudesse ministrar uma aula sobre o Garcia D’Ávila.
Segundo o professor, o local é um parque na qual compreende as ruínas do Castelo Garcia D’Ávila, (a Casa Torre) antiga residência e, sede de uma sesmaria com terras que compreendiam a Bahia ao Maranhão. Garcia D’Ávila, chegou ao Brasil em 1549 na expedição de Tomé de Souza, na qual é considerado filho bastardo do Tomé.  

De acordo com Sousa, o Garcia D’Ávila torna-se senhor de engenho, que acaba não dando certo e depois virou um poderoso criador de gado de toda a região nordeste, pois tinha a proteção de Tomé de Souza. O domínio dos Ávila começou no século XVI permanecendo até o XIX. O professor explicou também, sobre o morgado, que era uma lei na qual o filho primogênito recebia a herança (apenas um era herdeiro). A partir do morgado, era a forma de manter o poder e o domínio sobre as terras.
O domínio dos Ávila compreendia: o interesse de parentesco, ou seja, relações entre brancos e índios, os últimos eram trabalhadores defensores do território. Segundo Sousa, a primeira esposa do Garcia D’Ávila era portuguesa e não tiveram herdeiros. No entanto, a segunda esposa era índia na qual deu filhos ao criador de gado. Mostrando dessa forma, a importância de possuir herdeiros para manter o domínio do território, assim como, a aliança com os índios, através do casamento para garantir a propriedade.
Em outra abordagem, o professor explicou que o castelo representava símbolo de poder e riqueza dos D’Ávila que possuíam muito prestigio em Salvador. Isso porque, a família investia dinheiro e possuía muitos trabalhadores que ajudaram na construção do castelo, que se tornou uma construção monumental, em 1550. A referida construção era uma casa forte de defesa, pois fica próximo ao mar. A função do castelo era moradia e defesa.
A estrutura do castelo é em estilo medieval, e possui uma capela da padroeira Nossa Senhora da Conceição, na qual foi feita homenagem aos santos guerreiros. Além disso, segundo o professor a função do castelo como casa, possui os cômodos e a cozinha (onde ficavam os escravos, os índios).

Uma revelação curiosa apresentada pelo professor era que a primeira esposa de Garcia D’Ávila era uma cristã nova (judia) e foi condenada pela inquisição, na qual havia sido denunciada pela primeira filha do segundo casamento com uma índia. Dessa forma, observam-se as rivalidades. Outra curiosidade, é que o último D’Ávila torturava índios e índias por não aprovar a comida feita por eles.
Num relato de um capuchinho no século XVIII, é que a construção do castelo foi feita de suor e sacrifício, onde muitos índios morreram. Com a construção do castelo já firmada, a conquista de Sergipe e o domínio das terras compreendiam a região do Rio Real. Nesse sentido, o Recôncavo já havia sido conquistado, menos a parte norte. Região na qual Garcia D’Ávila queria ampliar suas terras.

As três etapas das gerações da construção do castelo foram:
·           A capela possuía duas paredes e tijolos.
·           Os herdeiros seguintes ampliaram o castelo, com alvenaria e pedra. Sua construção é em estilo barroco medieval. O pátio é renascentista e, a parte frontal é para alargar o castelo.
·           Ampliação do castelo.
A construção foi modificada com o tempo.
O domínio e a expansão do território da família D’Ávila chegaram até o Piauí. Após a morte de Garcia D’Ávila, o gado era complementar a economia do açúcar, pois alguns núcleos de povoamento estavam crescendo e o gado os abastecia. Nesse sentido, para manter o poder e a dominação houve muita destruição, tanto da natureza como inúmeros conflitos entre brancos e índios.
A decadência dos D’Ávila foi por conta da falta de sucessão dos herdeiros, e havia acabado a lei do morgado. Nesse sentido, as terras foram divididas. Além disso, o gado na região sul ascendia e a do nordeste decaía, devido às secas.
Numa outra interessante abordagem feita pelo professor, é de que havia o mito do bandeirante baiano. A partir da influência dos paulistas, que desbravaram o país e a Bahia imitou o bandeirante paulista. No caso o mito, era Garcia D’Ávila, ou seja:
·         O sertão como lugar de selvagens.
·         O bandeirante heróico desbrava o sertão.
·         O bandeirante heróico fica raízes no sertão.
O professor lembrou que a Bahia havia deixado de ser a capital do país, e o mito era repensar essa perda. Nesse sentido, Sergipe passou a ser subalterna à Bahia. E a conquista partia para a questão do interesse dos D’Ávila pelo território sergipano.
O tombamento do castelo foi feita em 1939, na qual o proprietário não pertencia à família D’Ávila. Para tombar o castelo foi em parceria com o Arquivo Público da Bahia e o Instituto Histórico e Geográfico da Bahia e com a representação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, para a realização do tombamento. Em seguida houve a restauração. Foi tombada a casa grande, a capela e a mata.
Atualmente Otávio Nunes é o proprietário do parque Garcia D’Ávila. Não pertencente à família D’Ávila.
Após as explicações do professor, fomos até uma grande área com uma árvore imensa. Lá, o professor mencionou que deveríamos observar a estrutura do castelo e da capela e tirarmos fotos para que cada um tirasse suas impressões do local. E que após isso, voltássemos até a árvore para falarmos o que vimos.
Finalizando a aula, o professor montou uma grande roda em torno da árvore. E assim, todos aplaudiram e agradeceram a viagem, e que foi gratificante para todos. E realmente, foi. Pois estivemos no local onde o domínio de Garcia D’Ávila perdurou por muitos séculos! E sem falar que o lugar é belíssimo com o marzão azul ao fundo! 

Seminário: “Literatura e Colonização de Sergipe” – 17/11/2011

Oiiiiieee turminha, tudo belezinha?! Segue aí mais uma postagem de relatório do último seminário da disciplina, Temas em História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa. Foi realizado na didática 3, sala 110, no dia 17/11, o seminário do grupo formado pela equipe: Luciano Filho, Magno Costa, Maria Aline, Mayra Santos, Mislene Batista e Taís Danielle, como o tema: “Literatura e Colonização de Sergipe”. Os recursos utilizados foram: Folder, Vídeo, Apresentação Oral.
A apresentação teve início às 19h55, com a explanação do Luciano sobre o tema, abordando os historiadores sergipanos que contribuíram para a compreensão da História de Sergipe, entre eles estão: Felisbelo Freire, Maria Thétis Nunes, Felte Bezerra e Pires Wynne. A obra analisada pela equipe foi: “A fúria da raça”, da autora Ilma Fontes. Em seguida, foi mostrado o vídeo.
A aluna Thaís abordou sobre a vida e obra de Felisbelo Freire, como sendo um grande nome para a História de Sergipe. Em seguida a Mayra, mencionou brevemente sobre o Felte Bezerra. O professor fez uma intervenção de que não seria necessário abordar sobre os historiadores. Mas foi interessante a abordagem das meninas sobre a importância destes grandes nomes sergipanos.
A Mislene explicou sobre a obra em si, de Ilma Fontes em “A fúria das raças”, de que é uma obra de ficção, onde a autora abordou sobre os primeiros habitantes sergipanos. A discente Maria Aline mencionou que o livro está dividido em cenas nas quais estão interligadas, é como se fosse uma peça teatral divididas em atos, e cinema com a posição da câmera e os diálogos. Inovando o livro com outra linguagem. O professor acrescentou que o historiador utiliza obras literárias para complementar o seu estudo.   
Em seguida o aluno Magno, a Taís e a Mislene abordaram sobre a vida da Ilma Fontes e que para compor o livro “A Fúria das Raças”, a autora foi até o Arquivo do Rio de Janeiro buscando fontes historiográficas, por receio das críticas dos historiadores.
O grupo mostrou a importância da obra e que a leitura é bastante interessante. Fiquei bastante curiosa para ler a obra! Até a próxima postagem!