domingo, 4 de setembro de 2011

"As potencialidades da história local para a produção de conhecimento em sala de aula: o enfoque do município de Sorocaba".

A seguir, está o fichamento do artigo do autor Arnaldo Pinto Júnior, "As potencialidades da história local para a produção de conhecimento em sala de aula: o enfoque do município de Sorocabasolicitado pelo professor, Dr. Antonio Lindvaldo Sousa da disciplina: Temas e História de Sergipe I, ".

JUNIOR, Arnaldo Pinto. As potencialidades da história local para a produção de conhecimento em sala de aula: o enfoque do município de Sorocaba. In: História: Área do conhecimento. Ano 1, nº 3, 2001, pp. 37-40.
Por: Silvia Maia de Oliveira
O artigo, “As potencialidades da história local para a produção de conhecimento em sala de aula: o enfoque do município de Sorocaba”, do autor Arnaldo Pinto Júnior, escrito em quatro laudas, dividido em quatro partes, “Introdução”, localizado na página 37, “História local: a modernidade em Sorocaba”, na página 38, “Conclusão” e “Referências Bibliográficas”, ambos na página 40, foram utilizadas oito fontes para compor o artigo. O autor aborda na introdução sobre as práticas de ensino e o distanciamento dos alunos em relação ao que é chamado pelos historiadores de “História Local”, no segundo parágrafo da página 37, na sexta linha, ele diz, “verificamos um distanciamento entre os alunos e os temas estudados em sala de aula, sem contarmos a não relação com a sua comunidade, sua cultura ou seu país”. Além disso, o autor faz uma crítica sobre as informações veiculadas pelos meios de comunicação de massa, no mesmo parágrafo da mesma página, segundo o autor, “através da massificação de informações e da construção de imagens fantásticas pela mídia ou pela indústria do entretenimento, muitos são os alunos que se sentem mais próximos das praias da Barra da Tijuca, do estádio do Morumbi, das ruas e avenidas de Nova York, do que dos espaços públicos da cidade em que eles residem”.
A interessante abordagem feita por Pinto Júnior refere-se ao processo e ensino de aprendizagem de História, a partir da pesquisa, na página 38, na quarta linha, segundo o autor, “no trabalho de pesquisa ou de elaboração de documentos históricos, o aluno, fazendo análises apuradas dessa documentação, tem condições de reconhecer, valorizar e problematizar suas raízes familiares, sociais, políticas, culturais, em seu tempo e espaço, relacionando-as a outros processos de diferentes momentos da história da humanidade e compreendendo as relações entre o presente e o passado”.
No tópico seguinte, “História local: a modernidade em Sorocaba”, o autor menciona sobre os preconceitos em torno do estudo da História Local, mas expõe sobre a importância da mesma, e que é possível desmistificar teorias e conceitos sobre o assunto. No primeiro parágrafo, na décima primeira linha, da página 38de acordo com o autor, “a história local pode ser utilizada não apenas para situar o aluno no seu tempo e espaço, mas também para destruir visões homogeneizadoras que se propagam com as versões históricas gerais”. Nesse sentido, Pinto Júnior, lembra da importância do resgate das memórias, através das “experiências vividas”, ainda na página 38, no final do segundo parágrafo da décima primeira linha, ele informa, “a recuperação de memórias locais (sejam elas individuais ou coletivas) abriria perspectivas para singularidades históricas muitas vezes descartadas pela história tradicional”.
Ao longo deste tópico o autor menciona sobre a proposta inovadora de ensino de história, voltada para a recuperação de experiências vividas em Sorocaba, no período de modernização da cidade em 1903, conhecida por “Manchester Paulista”. Segundo Pinto Júnior, “Sorocaba até o final do século XIX estava ligada a sua grande feira de muares, reconhecida como uma das maiores fornecedoras de animais para o transporte de carga da região Sudeste, encontrou um atalho para o futuro promissor, deixando no passado a ‘decadente’ feira de animais que não suportava a concorrência de outro símbolo da modernização do país, as estradas de ferro, caminhando para o progresso com a instalação de unidades industriais do ramo têxtil a partir da década de 1880”. A partir do discurso elitista do pensamento liberal, evolucionista, progressista, com ideias modernas e inovadoras durante o período republicano, eram preconceituosos com a classe excluída. O autor explica, no primeiro parágrafo, na terceira linha da página 39, “a segregação, o preconceito e a discriminação racial e social são realimentados produzindo novas formas de conflitos, vistos mais uma vez pelas elites como ‘atos marginais’, contra a ordem e a segurança nacional”. Nesse sentido, o autor propõe a reflexão dos alunos a partir das pesquisas referentes ao período republicano em Sorocaba, assim, eles terão conhecimento de como era e como está a cidade hoje, conhecendo a sua história, através de documentos locais. No último parágrafo do tópico, “História local: a modernidade em Sorocaba”, na página 40, conforme Pinto Júnior, “os alunos envolvidos nessa pesquisa estariam aptos a observar o presente e o passado sem as ‘verdades’ das representações definitivas, explicar processos históricos sem o constrangimento de apresentar suas incertezas. Sendo o eixo principal da produção de conhecimento nesse trabalho, sendo capaz de entender noções de tempo e espaço, permanências e mudanças, similaridades e diferenças, o aluno não precisa demonstrar a ‘segurança científica’ de um especialista tradicional”.
Na página 40, no tópico, “Conclusão” o autor menciona no segundo parágrafo, na décima segunda linha da referida página, “as potencialidades da história local se colocam em relação às possibilidades de recuperação das suas singularidades de participação efetiva dos alunos no estudo histórico e de produção de conhecimento destes no cotidiano escolar. O aluno, produtor de conhecimento histórico, valoriza suas experiências individuais e coletivas, podendo assim resgatar ‘experiências vividas’, novas visões poderão surgir para a ampliação das reflexões históricas”. Concluindo, o autor menciona que a motivação para a realização deste trabalho é a motivação de todos, a relação entre professores, alunos, comunidade para que a recuperação da história local seja o interesse de todos, “despertando novas sensibilidades, criando maiores vínculos políticos, sociais e culturais podem respeitar a multiplicidade de opiniões, as memórias coletivas e o ‘outro’ sem anular as singularidades dos sujeitos históricos, tanto do presente quanto do passado”.

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