domingo, 16 de outubro de 2011

Relatório de visita ao Colégio Fazenda em Tejupeba (Itaporanga /SE) – 15/10/2011

Por: Silvia Maia de Oliveira


No dia 15 de outubro de 2011, realizou-se a primeira viagem da turma do 1° período do curso de História da Universidade Federal de Sergipe nas disciplinas de Temas e História de Sergipe I do professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa e Patrimônio Cultural do professor MSc. Clauderfranklin Monteiro Santos. O local de encontro foi no antigo Banco do Brasil da UFS. O horário previsto para a saída do campus da universidade era às 8h, mas houve atraso de 45 min. Chegamos à Fazenda Tejupeba ou Fazenda Iolanda situada no município de Itaporanga D’ajuda às 9h30.
Já no local, o professor Antônio Lindvaldo, dividiu a turma em três grupos, para que cada um deles percorresse o complexo composto pela senzala, igreja e colégio. O professor propôs uma brincadeira didática para que os alunos encontrassem uma barra de cereal, escondida pelos membros da equipe que iria apresentar o seminário sobre Tejupeba, com o objetivo de ajudar os alunos na compreensão e exploração do local. Além disso, outra atividade solicitada pelo professor era para apresentar as impressões acerca do complexo, remanescentes da atuação dos missionários jesuítas que ali se instalaram no período seiscentista.
O meu grupo explorou a senzala habitada por moradores do complexo da fazenda Tejupeba. Possuindo três conjuntos de casas, totalizando dezoito janelas e doze portas. As paredes são grossas na cor branca, as portas e janelas são na cor verde. Essa construção é para a ventilação já que o local é bastante abafado durante o verão, assim como, ajudar na iluminação do ambiente.
Feitas as observações, os três grupos se reuniram embaixo da árvore num grande círculo e cada um dos grupos apresentou as observações feitas nos locais. Após as explicações o professor, Clauderfranklin salientou sobre a importância de observação dessas edificações. Segundo o professor a partir da Igreja ajuda a expandir as cidades, pois tudo gira em torno da mesma, evidenciando a relação entre Igreja e Estado.
Outra abordagem feita pelo professor de Caluderfranklin o complexo da fazenda Tejupeba é um bem patrimonial tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN. De acordo com a legislação de bens tombados não podem ser modificados sem autorização o órgão referido anteriormente. O complexo pertence a família Mandarino, o teto da Igreja é de madeira e durante um período o mesmo desabou e o então prefeito da família citada reformou o telhado e acabou recebendo uma multa do IPHAN. O local está deteriorado e em ruínas, já que não pode ser restaurado pelos proprietários.  De acordo com o professor, existe um projeto de reforma no espaço, só falta à aprovação do senado federal. Ficamos na torcida para que seja aprovado para a recuperação do local!
Depois houve o revezamento dos locais, onde cada aluno tirou suas impressões e conclusões. Na igreja, pude observar as ruínas em que se encontra o local, havendo um corredor e um altar logo à frente e três catacumbas pertencentes às pessoas ilustres, como proprietários ricos. Na lateral existe uma passagem para um cômodo com outras catacumbas, e também num outro espaço existe uma escada dando acesso para o primeiro andar, possuindo uma espécie de varanda, com janelas. Essa é a parte interna. Na parte externa, observei a imponência da igreja, toda branca e com janelas e portas azuis.
No seminário “Jesuítas e a Colonização de Sergipe”, formado pela equipe formada pelas meninas, Marise Isabel, Josicarla Machado, Valéria Araújo e Vanessa Gonçalves, teve início às 10h55. Os recursos utilizados: apresentação oral e folder.  A Josicarla abordou sobre o processo da chegada dos jesuítas em Sergipe, em 1575 e desenvolveram diversas atividades durante o século XVII, com as missões na catequização dos índios.  Em 1590, os jesuítas trabalharam com criadores de gado. A expulsão dos jesuítas ocorreu em 1759, no século XVIII, pelo Marquês de Pombal, através de carta régia.
A Vanessa abordou sobre a construção do complexo Tejupeba, como pólo para a colonização dos índios. Em 1590, os jesuítas voltam para Sergipe para a colonização efetiva, o período coincidia com a Reforma Protestante que ocorria na Europa. A Igreja possui uma arquitetura jesuíta. A aluna salientou também, sobre a importância dos jesuítas na formação do território sergipano.
A acadêmica Valéria abordou sobre o jesuíta Gaspar Lourenço que veio para Sergipe já experiente, ele foi aluno de José Anchieta, na qual aprendeu a língua geral. Finalizando, a Marise, salientou sobre a fazenda que foi leiloada, e em 1920, a fazenda foi vendida a família Mandarino até os tempos atuais possuem influência no local, sendo a maioria políticos. Atualmente a Fazenda-Colégio tem como proprietária a senhora Ruth. Lembrando que o bem é tombado e não preservado!







Créditos fotos: Silvia Maia de Oliveira



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