domingo, 27 de junho de 2010

AS DIFICULDADES DA NOVA CAPITAL

Os primeiros anos da transferência para Aracaju foram extremamente difíceis, isso porque, em meados de 1855 a sociedade sergipana enfrentou a maior epidemia de sua história, a "Cholera Morbus", vitimou milhares de pessoas. Inclusive o Presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa, na cidade de Estância contraiu a febre palustre (malária) e não resistiu. Até mesmo com essa tragédia foi motivo de sátira e vingança em seus versos pelos sancristovenses ironizando a calamidade que atingia a nova capital.

"Quem for para Aracaju
Leve terço pra rezá
Que Aracaju é a terra
Onde as almas vão pená
Pobre cidade do Aracaju, nos dias tristes e agitadas de 1855". 
(SILVA, 1992, p. 83).

Por causa dessa grande epidemia, as pessoas sentiram medo de morar em Aracaju, pela precariedade do local sem a menor estrutura para cuidar dos doentes. Diante disso, o governo investiu na organização da nova cidade e incentivando a vinda de novos moradores para Aracaju, concedendo terrenos  e a ajuda para a construção das casas.
Com as epidemias o governo teve que tomar providênciasurgentes para minimizar os transtornos e os óbitos causados pelas doenças. Uma dessas medidas foi a construção de um cemitério em 1856, junto ao Morro Santa Cruz que recebeu a visita do imperador D.Pedro II em 1860. Em 1858 foi construído o Hospital de Caridade, chamado Nossa Senhora da Conceição, hoje Santa Izabel.
Em meados de 1862, a nova capital conseguiu enfrentar as dificuldades, com a construção da Igreja Matriz, a Catedral , a cidade cresceu nas localidades próximas, com as ruas Santo Amaro, Capela, Arauá e Santa Luzia. A partir daí,  Aracaju apresentava os primeiros sinais de uma cidade próspera e promissora.

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