Oiiiiiieeeee galerinha, segue a postagem da apresentação do último seminário da disciplina Temas em História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa foi realizada na didática 3, sala 110, às 19h35, com a apresentação do tema “Garcia D’Ávila e a colonização de Sergipe”, composta pelo grupo: Crécia Maria, Jorge dos Santos, José Souza e Tony Alan.
Inicialmente, o componente Jorge foi quem abriu o seminário, apresentando o tema e, em seguida o grupo apresentou o vídeo, baseado na viagem realizada ao Castelo Garcia D’Ávila, na Praia do Forte, na cidade Mata de São João/BA no dia 19/11/11, mostrando a aula ministrada pelo professor Antônio Lindvaldo Sousa. Dando continuidade a apresentação, o discente Jorge, explanou sobre quem foi Garcia D’Ávila. O mesmo nasceu em Portugal, filho (considerado como sendo bastardo por alguns historiadores) de Tomé de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil. Garcia D’Ávila veio na expedição do pai ao Brasil, chegando à Bahia em 29 de março de 1549. E foi um poderoso criador de gado.
O acadêmico Souza abordou sobre a importância da Casa da Torre, na qual possuía duas funções: a econômica, com a criação de gado e, o caráter bélico, na qual servia como QG, ou seja, um ponto estratégico, para os encontros dos portugueses nos assuntos referentes à guerra, a contra os índios e aos holandeses.
Nesse sentido, quando Tomé de Sousa chegou ao Brasil, trouxe consigo um regimento à quem fosse dado uma sesmaria, deveria construir uma casa ou uma torre que fosse forte e resistente, geralmente os materiais utilizados era a cal de marisco e alvenaria. Vale ressaltar ainda que, Tomé de Sousa doou a Garcia D'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria nas quais lhe haviam sido outorgadas pelo rei D. João III. O domínio territorial da família D’Ávila era extenso, indo da Bahia até o Maranhão. Após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de Salvador, Garcia D’Ávila, ergueu a Casa da Torre em 1550, em 1557, era o homem mais poderoso da Bahia.
Segundo a explicação do discente Souza, a família D’Ávila foi importante para a repressão de movimentos sociais, como a Sabinada. Ganharam importantes títulos e possuíam uma forte influência política. Uma curiosidade era que o nome Garcia era comum na família de Tomé de Sousa.
A acadêmica Crécia explanou sobre a colonização de Sergipe. As terras sergipanas tão cobiçadas por Garcia D’Ávila para a expansão de território, compreendia o Rio Real ao Rio São Francisco. Terras essas propícias para a criação de gado. No entanto, essa grande área era habitada por tribos indígenas, espalhados no território sergipano. Nesse momento, os jesuítas já faziam suas missões para a catequização dos índios. E a relação entre Garcia e os jesuítas não eram amigáveis, pois os interesses de ambos eram convergentes. Nesse ínterim, Cristóvão de Barros também criador de gado, juntamente com outros criadores de gado e índios amansados montaram um exército no combate aos índios. Houve uma guerra sangrenta, acontecia a “Guerra Justa”. No entanto, a participação de Garcia D’Ávila na referida batalha, cedeu homens, munição e a Casa da Torre, como sendo a sede.
Outra abordagem feita por Crécia estava relacionada a respeito da ligação família D’Ávila e da Casa da Torre, com a história de Sergipe. Ocorria de acordo com o forte poder, na qual interromperam o trabalho dos jesuítas em suas missões. Após a guerra, Cristóvão de Barros funda o núcleo de povoamento, São Cristóvão. Dessa forma, o território fica dividido em sesmarias.
O último integrante da equipe, a apresentar foi o Tony, abordando sobre as gerações da família de Garcia D’Ávila. Ao longo de 300 anos de história, na referida família tiveram nove gerações. Desde o fundador da Casa da Torre em 1549, Garcia D’Ávila à Antônio Joaquim Pires Carvalho e Albuquerque.
Concluindo a apresentação, foi salientado que a Casa da Torre, o Castelo Garcia D’Ávila, estendeu sua imensa propriedade pelo vasto sertão, através do controle e dominação. Além disso, ao longo da trajetória da família, aconteceu inúmeras maldade, por pura arrogância, por serem brancos e descendentes dos portugueses, sentiam-se superiores ao escravo, no caso, os índios. Além disso, a decadência da hegemonia da família D’Ávila ocasionou-se em vários fatores, como a crise no açúcar, o fim do morgado, a concorrência com o gado do sul do país, secas no sertão, o crescimento populacional, dentre outros. Tornando assim, o Castelo Garcia D’Ávila, a sua Casa da Torre, em ruínas.