quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Relatório Seminário: Garcia D’Ávila e a colonização de Sergipe - 22/11/2011


Oiiiiiieeeee galerinha, segue a postagem da apresentação do último seminário da disciplina Temas em História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa foi realizada na didática 3, sala 110, às 19h35, com a apresentação do tema “Garcia D’Ávila e a colonização de Sergipe”, composta pelo grupo: Crécia Maria, Jorge dos Santos, José Souza e Tony Alan.
Inicialmente, o componente Jorge foi quem abriu o seminário, apresentando o tema e, em seguida o grupo apresentou o vídeo, baseado na viagem realizada ao Castelo Garcia D’Ávila, na Praia do Forte, na cidade Mata de São João/BA no dia 19/11/11, mostrando a aula ministrada pelo professor Antônio Lindvaldo Sousa. Dando continuidade a apresentação, o discente Jorge, explanou sobre quem foi Garcia D’Ávila. O mesmo nasceu em Portugal, filho (considerado como sendo bastardo por alguns historiadores) de Tomé de Sousa, primeiro Governador Geral do Brasil. Garcia D’Ávila veio na expedição do pai ao Brasil, chegando à Bahia em 29 de março de 1549. E foi um poderoso criador de gado.
O acadêmico Souza abordou sobre a importância da Casa da Torre, na qual possuía duas funções: a econômica, com a criação de gado e, o caráter bélico, na qual servia como QG, ou seja, um ponto estratégico, para os encontros dos portugueses nos assuntos referentes à guerra, a contra os índios e aos holandeses.
Nesse sentido, quando Tomé de Sousa chegou ao Brasil, trouxe consigo um regimento à quem fosse dado uma sesmaria, deveria construir uma casa ou uma torre que fosse forte e resistente, geralmente os materiais utilizados era a cal de marisco e alvenaria. Vale ressaltar ainda que, Tomé de Sousa doou a Garcia D'Ávila catorze léguas de terras de sesmaria nas quais lhe haviam sido outorgadas pelo rei D. João III. O domínio territorial da família D’Ávila era extenso, indo da Bahia até o Maranhão. Após ter vencido as tribos indígenas existentes ao norte de Salvador, Garcia D’Ávila, ergueu a Casa da Torre em 1550, em 1557, era o homem mais poderoso da Bahia.
Segundo a explicação do discente Souza, a família D’Ávila foi importante para a repressão de movimentos sociais, como a Sabinada. Ganharam importantes títulos e possuíam uma forte influência política. Uma curiosidade era que o nome Garcia era comum na família de Tomé de Sousa.
A acadêmica Crécia explanou sobre a colonização de Sergipe. As terras sergipanas tão cobiçadas por Garcia D’Ávila para a expansão de território, compreendia o Rio Real ao Rio São Francisco. Terras essas propícias para a criação de gado. No entanto, essa grande área era habitada por tribos indígenas, espalhados no território sergipano. Nesse momento, os jesuítas já faziam suas missões para a catequização dos índios. E a relação entre Garcia e os jesuítas não eram amigáveis, pois os interesses de ambos eram convergentes. Nesse ínterim, Cristóvão de Barros também criador de gado, juntamente com outros criadores de gado e índios amansados montaram um exército no combate aos índios. Houve uma guerra sangrenta, acontecia a “Guerra Justa”. No entanto, a participação de Garcia D’Ávila na referida batalha, cedeu homens, munição e a Casa da Torre, como sendo a sede.
Outra abordagem feita por Crécia estava relacionada a respeito da ligação família D’Ávila e da Casa da Torre, com a história de Sergipe. Ocorria de acordo com o forte poder, na qual interromperam o trabalho dos jesuítas em suas missões. Após a guerra, Cristóvão de Barros funda o núcleo de povoamento, São Cristóvão. Dessa forma, o território fica dividido em sesmarias.
O último integrante da equipe, a apresentar foi o Tony, abordando sobre as gerações da família de Garcia D’Ávila. Ao longo de 300 anos de história, na referida família tiveram nove gerações. Desde o fundador da Casa da Torre em 1549, Garcia D’Ávila à Antônio Joaquim Pires Carvalho e Albuquerque.
Concluindo a apresentação, foi salientado que a Casa da Torre, o Castelo Garcia D’Ávila, estendeu sua imensa propriedade pelo vasto sertão, através do controle e dominação. Além disso, ao longo da trajetória da família, aconteceu inúmeras maldade, por pura arrogância, por serem brancos e descendentes dos portugueses, sentiam-se superiores ao escravo, no caso, os índios. Além disso, a decadência da hegemonia da família D’Ávila ocasionou-se em vários fatores, como a crise no açúcar, o fim do morgado, a concorrência com o gado do sul do país, secas no sertão, o crescimento populacional, dentre outros.  Tornando assim, o Castelo Garcia D’Ávila, a sua Casa da Torre, em ruínas.

domingo, 20 de novembro de 2011

Relatório Viagem ao Castelo Garcia D’Ávila - 19/11/2011

A segunda viagem realizada na disciplina Temas e História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa, foi para a Bahia, no Castelo Garcia D’Ávila, no dia 19 de novembro de 2011. Os locais de onde saíram os ônibus foram: no posto de gasolina, em frente ao Shopping Jardins e o outro no posto de gasolina da Rodoviária Nova. O primeiro ponto estava previsto sair às 5h, houve um pequeno atraso de 10 min.. A viagem teve duração de 4h.
Chegamos ao parque Garcia D’Ávila, localizado na região norte da Bahia, na Praia do Forte, às 9h50. Ao chegarmos fizemos uma fila para entrarmos no parque. No local tiramos fotos e, depois fomos conduzidos pelo professor Lindvaldo a um grande salão, para que o professor pudesse ministrar uma aula sobre o Garcia D’Ávila.
Segundo o professor, o local é um parque na qual compreende as ruínas do Castelo Garcia D’Ávila, (a Casa Torre) antiga residência e, sede de uma sesmaria com terras que compreendiam a Bahia ao Maranhão. Garcia D’Ávila, chegou ao Brasil em 1549 na expedição de Tomé de Souza, na qual é considerado filho bastardo do Tomé.  

De acordo com Sousa, o Garcia D’Ávila torna-se senhor de engenho, que acaba não dando certo e depois virou um poderoso criador de gado de toda a região nordeste, pois tinha a proteção de Tomé de Souza. O domínio dos Ávila começou no século XVI permanecendo até o XIX. O professor explicou também, sobre o morgado, que era uma lei na qual o filho primogênito recebia a herança (apenas um era herdeiro). A partir do morgado, era a forma de manter o poder e o domínio sobre as terras.
O domínio dos Ávila compreendia: o interesse de parentesco, ou seja, relações entre brancos e índios, os últimos eram trabalhadores defensores do território. Segundo Sousa, a primeira esposa do Garcia D’Ávila era portuguesa e não tiveram herdeiros. No entanto, a segunda esposa era índia na qual deu filhos ao criador de gado. Mostrando dessa forma, a importância de possuir herdeiros para manter o domínio do território, assim como, a aliança com os índios, através do casamento para garantir a propriedade.
Em outra abordagem, o professor explicou que o castelo representava símbolo de poder e riqueza dos D’Ávila que possuíam muito prestigio em Salvador. Isso porque, a família investia dinheiro e possuía muitos trabalhadores que ajudaram na construção do castelo, que se tornou uma construção monumental, em 1550. A referida construção era uma casa forte de defesa, pois fica próximo ao mar. A função do castelo era moradia e defesa.
A estrutura do castelo é em estilo medieval, e possui uma capela da padroeira Nossa Senhora da Conceição, na qual foi feita homenagem aos santos guerreiros. Além disso, segundo o professor a função do castelo como casa, possui os cômodos e a cozinha (onde ficavam os escravos, os índios).

Uma revelação curiosa apresentada pelo professor era que a primeira esposa de Garcia D’Ávila era uma cristã nova (judia) e foi condenada pela inquisição, na qual havia sido denunciada pela primeira filha do segundo casamento com uma índia. Dessa forma, observam-se as rivalidades. Outra curiosidade, é que o último D’Ávila torturava índios e índias por não aprovar a comida feita por eles.
Num relato de um capuchinho no século XVIII, é que a construção do castelo foi feita de suor e sacrifício, onde muitos índios morreram. Com a construção do castelo já firmada, a conquista de Sergipe e o domínio das terras compreendiam a região do Rio Real. Nesse sentido, o Recôncavo já havia sido conquistado, menos a parte norte. Região na qual Garcia D’Ávila queria ampliar suas terras.

As três etapas das gerações da construção do castelo foram:
·           A capela possuía duas paredes e tijolos.
·           Os herdeiros seguintes ampliaram o castelo, com alvenaria e pedra. Sua construção é em estilo barroco medieval. O pátio é renascentista e, a parte frontal é para alargar o castelo.
·           Ampliação do castelo.
A construção foi modificada com o tempo.
O domínio e a expansão do território da família D’Ávila chegaram até o Piauí. Após a morte de Garcia D’Ávila, o gado era complementar a economia do açúcar, pois alguns núcleos de povoamento estavam crescendo e o gado os abastecia. Nesse sentido, para manter o poder e a dominação houve muita destruição, tanto da natureza como inúmeros conflitos entre brancos e índios.
A decadência dos D’Ávila foi por conta da falta de sucessão dos herdeiros, e havia acabado a lei do morgado. Nesse sentido, as terras foram divididas. Além disso, o gado na região sul ascendia e a do nordeste decaía, devido às secas.
Numa outra interessante abordagem feita pelo professor, é de que havia o mito do bandeirante baiano. A partir da influência dos paulistas, que desbravaram o país e a Bahia imitou o bandeirante paulista. No caso o mito, era Garcia D’Ávila, ou seja:
·         O sertão como lugar de selvagens.
·         O bandeirante heróico desbrava o sertão.
·         O bandeirante heróico fica raízes no sertão.
O professor lembrou que a Bahia havia deixado de ser a capital do país, e o mito era repensar essa perda. Nesse sentido, Sergipe passou a ser subalterna à Bahia. E a conquista partia para a questão do interesse dos D’Ávila pelo território sergipano.
O tombamento do castelo foi feita em 1939, na qual o proprietário não pertencia à família D’Ávila. Para tombar o castelo foi em parceria com o Arquivo Público da Bahia e o Instituto Histórico e Geográfico da Bahia e com a representação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, para a realização do tombamento. Em seguida houve a restauração. Foi tombada a casa grande, a capela e a mata.
Atualmente Otávio Nunes é o proprietário do parque Garcia D’Ávila. Não pertencente à família D’Ávila.
Após as explicações do professor, fomos até uma grande área com uma árvore imensa. Lá, o professor mencionou que deveríamos observar a estrutura do castelo e da capela e tirarmos fotos para que cada um tirasse suas impressões do local. E que após isso, voltássemos até a árvore para falarmos o que vimos.
Finalizando a aula, o professor montou uma grande roda em torno da árvore. E assim, todos aplaudiram e agradeceram a viagem, e que foi gratificante para todos. E realmente, foi. Pois estivemos no local onde o domínio de Garcia D’Ávila perdurou por muitos séculos! E sem falar que o lugar é belíssimo com o marzão azul ao fundo! 

Seminário: “Literatura e Colonização de Sergipe” – 17/11/2011

Oiiiiieee turminha, tudo belezinha?! Segue aí mais uma postagem de relatório do último seminário da disciplina, Temas em História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa. Foi realizado na didática 3, sala 110, no dia 17/11, o seminário do grupo formado pela equipe: Luciano Filho, Magno Costa, Maria Aline, Mayra Santos, Mislene Batista e Taís Danielle, como o tema: “Literatura e Colonização de Sergipe”. Os recursos utilizados foram: Folder, Vídeo, Apresentação Oral.
A apresentação teve início às 19h55, com a explanação do Luciano sobre o tema, abordando os historiadores sergipanos que contribuíram para a compreensão da História de Sergipe, entre eles estão: Felisbelo Freire, Maria Thétis Nunes, Felte Bezerra e Pires Wynne. A obra analisada pela equipe foi: “A fúria da raça”, da autora Ilma Fontes. Em seguida, foi mostrado o vídeo.
A aluna Thaís abordou sobre a vida e obra de Felisbelo Freire, como sendo um grande nome para a História de Sergipe. Em seguida a Mayra, mencionou brevemente sobre o Felte Bezerra. O professor fez uma intervenção de que não seria necessário abordar sobre os historiadores. Mas foi interessante a abordagem das meninas sobre a importância destes grandes nomes sergipanos.
A Mislene explicou sobre a obra em si, de Ilma Fontes em “A fúria das raças”, de que é uma obra de ficção, onde a autora abordou sobre os primeiros habitantes sergipanos. A discente Maria Aline mencionou que o livro está dividido em cenas nas quais estão interligadas, é como se fosse uma peça teatral divididas em atos, e cinema com a posição da câmera e os diálogos. Inovando o livro com outra linguagem. O professor acrescentou que o historiador utiliza obras literárias para complementar o seu estudo.   
Em seguida o aluno Magno, a Taís e a Mislene abordaram sobre a vida da Ilma Fontes e que para compor o livro “A Fúria das Raças”, a autora foi até o Arquivo do Rio de Janeiro buscando fontes historiográficas, por receio das críticas dos historiadores.
O grupo mostrou a importância da obra e que a leitura é bastante interessante. Fiquei bastante curiosa para ler a obra! Até a próxima postagem!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Seminário 10. Feira de Alimentos: "Alimentação Portuguesa" (18/10/11)

Por: Silvia Maia de Oliveira

O segundo grupo da noite do dia 18 de outubro a se apresentar sobre a Feira de Alimentos, intitulada “Alimentação Portuguesa” formada por Kleberton Augusto Santana Soares e Rivaldo Ramos Silva, às 19h30. Os recursos utilizados foram: Folder, Vídeo, Apresentação Oral.
A apresentação do grupo e do tema foi feita por Rivaldo, e em seguida foi mostrado o vídeo, muito criativo e divertido. Iniciando a apresentação, o Kleberson abordou sobre a alimentação dos portugueses nos navios durante as viagens, eles se alimentavam, basicamente por frutas e animais. Dessa forma, eles trouxeram consigo essas frutas, nas quais, se adaptaram muito bem ao clima tropical, como a laranja e o limão. Como elas davam muitos frutos, os portugueses também as levaram para a Europa.
O aluno Rivaldo explicou, sobre o ananás, o nosso famoso abacaxi. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, os escritores abordavam e exaltavam em suas publicações, o ananás (denominação no termo tupi), porém, só apenas no século XIX, passaram a denominar a fruta, como conhecemos atualmente por abacaxi.
O abacaxi originou-se no Brasil, a fruta era cultivada nas Américas, antes da chegada dos colonizadores. Cristóvão Colombo e seus marinheiros durante as expedições descobriram o abacaxizeiro em Guadalupe, nas Pequenas Antilhas, promovendo a partir deste momento sua disseminação pelo mundo, onde surgiam novas espécies da fruta a depender da região de cultivo, tornando-o uma das frutas mais apreciadas pelo globo.
 Os índios utilizavam o abacaxi como remédio, extraindo a coroa e a casca, eram usadas em casos de venenos de cobra, servia como diurético e relaxante. Quando faz abacaxi em conserva, funciona para pessoas que possuem pedras nos rins.
Desse modo, finalizava a segunda apresentação da noite. Autorizados pelo professor Lindvaldo, os grupos: “Alimentação Indígena” e “Alimentação Portuguesa”, abriram a feira de alimentos para a turma. Que saboreou a tapioca, o biju, a conserva de abacaxi. Foi uma noite saborosa!

Seminários 9. Feira de Alimentos: "Alimentação Indígena" (18/10/11)

Por: Silvia Maia de Oliveira


Olá galerinha, belezinha?!?!? Segue aí mais uma postagem, do primeiro seminário da II Unidade da disciplina Temas e História de Sergipe I, ministrada pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo Sousa. No dia 18 de outubro de 2011, foi realizada na Didática 3, na sala 110, às 19h11, a apresentação do grupo da Feira de Alimentos, intitulada “Alimentação Indígena”, composto por: Flávio dos Santos Vasconcelos, Leandro Augusto Oliveira de Melo e Leandro Gonçalves da Silva. Os recursos utilizados foram: Folder, Vídeo, Apresentação Oral.
Dando início à apresentação, o acadêmico Flávio apresentou a equipe e o tema, em seguida expôs o vídeo referente à Alimentação Indígena. Em seguida o referido aluno mencionou sobre a origem da mandioca (por curiosidade possui vários nomes, como macaxeira, aipim, castelinha, etc.), cultivada por vários grupos indígenas da América Latina e era à base da alimentação indígena. A partir da mandioca pode-se extarir vários outros alimentos, como a farinha e bebidas, por exemplo. Antes da chegada dos colonizadores portugueses já existia o cultivo da mandioca. Com a vinda dos europeus às Américas, exportaram a referida raíz para outros continentes. 
Existem vários tipos de mandioca, segundo Flávio, se dividem em mandioca doce e mandioca brava (ou mandioca amarga), de acordo com a presença de um tipo de ácido, que é venenoso se não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol. Para a mandioca doce usa-se o nome aipim (ou macaxeira). Outra abordagem feita por Flávio, trazendo para Sergipe, os colonizadores que aqui viviam e que obtinham sesmarias, cultivavam a mandioca, com isso, trouxe benefícios  para a economia local. Pois exportava para Bahia e Pernambuco, ambos produtores de cana-de-açúcar.
O componente Leandro Augusto, explicou aos demais alunos que os índios desenvolviam outros tipos de farinha uma era crua e a outra seca, só que mais leve. E eles comparavam com a dos portugueses, até mesmo a forma como eles comiam.A partir da mandioca obtem-se a farinha de tapioca ou polvilho, bijú, puba, após o processo de ralagem, prensagem e secamento da raíz da mandioca. Mais tarde a mandioca e a farinha foram adaptadas à alimentação das elites. Do bijú fazia-se biscoitos, porque era mais seco. A tapioca mais crua, fazia-se mingau, além disso, fazia-se farinha de peixe. O que não faltava era criatividade e lógico, dotes culinários! 
 O terceiro e último componente, Leandro Gonçalves, abordou que a partir da mandioca, porduzia-se bebidas, como o cauim, por exemplo, era feita através de fermentação por meio de destilação, produzindo outros tipos de bebidas. O cauim era produzido apenas pelas mulheres virgens da tribo e era utilizada para rituais antropofágicos e em festas. Segundo o acadêmico, Leandro, os colonizadores achavam estranho, pois os índios que bebiam passavam mal e ficavam embriagados. Com o passar do tempo essa bebida foi extinta. Após a apresentação do referido grupo, outra equipe, também, sobre feira de alimentos, apresentou-se e depois foi servido aos presentes os alimentos trazidos pelas equipes.

domingo, 16 de outubro de 2011

Relatório de visita ao Colégio Fazenda em Tejupeba (Itaporanga /SE) – 15/10/2011

Por: Silvia Maia de Oliveira


No dia 15 de outubro de 2011, realizou-se a primeira viagem da turma do 1° período do curso de História da Universidade Federal de Sergipe nas disciplinas de Temas e História de Sergipe I do professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa e Patrimônio Cultural do professor MSc. Clauderfranklin Monteiro Santos. O local de encontro foi no antigo Banco do Brasil da UFS. O horário previsto para a saída do campus da universidade era às 8h, mas houve atraso de 45 min. Chegamos à Fazenda Tejupeba ou Fazenda Iolanda situada no município de Itaporanga D’ajuda às 9h30.
Já no local, o professor Antônio Lindvaldo, dividiu a turma em três grupos, para que cada um deles percorresse o complexo composto pela senzala, igreja e colégio. O professor propôs uma brincadeira didática para que os alunos encontrassem uma barra de cereal, escondida pelos membros da equipe que iria apresentar o seminário sobre Tejupeba, com o objetivo de ajudar os alunos na compreensão e exploração do local. Além disso, outra atividade solicitada pelo professor era para apresentar as impressões acerca do complexo, remanescentes da atuação dos missionários jesuítas que ali se instalaram no período seiscentista.
O meu grupo explorou a senzala habitada por moradores do complexo da fazenda Tejupeba. Possuindo três conjuntos de casas, totalizando dezoito janelas e doze portas. As paredes são grossas na cor branca, as portas e janelas são na cor verde. Essa construção é para a ventilação já que o local é bastante abafado durante o verão, assim como, ajudar na iluminação do ambiente.
Feitas as observações, os três grupos se reuniram embaixo da árvore num grande círculo e cada um dos grupos apresentou as observações feitas nos locais. Após as explicações o professor, Clauderfranklin salientou sobre a importância de observação dessas edificações. Segundo o professor a partir da Igreja ajuda a expandir as cidades, pois tudo gira em torno da mesma, evidenciando a relação entre Igreja e Estado.
Outra abordagem feita pelo professor de Caluderfranklin o complexo da fazenda Tejupeba é um bem patrimonial tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN. De acordo com a legislação de bens tombados não podem ser modificados sem autorização o órgão referido anteriormente. O complexo pertence a família Mandarino, o teto da Igreja é de madeira e durante um período o mesmo desabou e o então prefeito da família citada reformou o telhado e acabou recebendo uma multa do IPHAN. O local está deteriorado e em ruínas, já que não pode ser restaurado pelos proprietários.  De acordo com o professor, existe um projeto de reforma no espaço, só falta à aprovação do senado federal. Ficamos na torcida para que seja aprovado para a recuperação do local!
Depois houve o revezamento dos locais, onde cada aluno tirou suas impressões e conclusões. Na igreja, pude observar as ruínas em que se encontra o local, havendo um corredor e um altar logo à frente e três catacumbas pertencentes às pessoas ilustres, como proprietários ricos. Na lateral existe uma passagem para um cômodo com outras catacumbas, e também num outro espaço existe uma escada dando acesso para o primeiro andar, possuindo uma espécie de varanda, com janelas. Essa é a parte interna. Na parte externa, observei a imponência da igreja, toda branca e com janelas e portas azuis.
No seminário “Jesuítas e a Colonização de Sergipe”, formado pela equipe formada pelas meninas, Marise Isabel, Josicarla Machado, Valéria Araújo e Vanessa Gonçalves, teve início às 10h55. Os recursos utilizados: apresentação oral e folder.  A Josicarla abordou sobre o processo da chegada dos jesuítas em Sergipe, em 1575 e desenvolveram diversas atividades durante o século XVII, com as missões na catequização dos índios.  Em 1590, os jesuítas trabalharam com criadores de gado. A expulsão dos jesuítas ocorreu em 1759, no século XVIII, pelo Marquês de Pombal, através de carta régia.
A Vanessa abordou sobre a construção do complexo Tejupeba, como pólo para a colonização dos índios. Em 1590, os jesuítas voltam para Sergipe para a colonização efetiva, o período coincidia com a Reforma Protestante que ocorria na Europa. A Igreja possui uma arquitetura jesuíta. A aluna salientou também, sobre a importância dos jesuítas na formação do território sergipano.
A acadêmica Valéria abordou sobre o jesuíta Gaspar Lourenço que veio para Sergipe já experiente, ele foi aluno de José Anchieta, na qual aprendeu a língua geral. Finalizando, a Marise, salientou sobre a fazenda que foi leiloada, e em 1920, a fazenda foi vendida a família Mandarino até os tempos atuais possuem influência no local, sendo a maioria políticos. Atualmente a Fazenda-Colégio tem como proprietária a senhora Ruth. Lembrando que o bem é tombado e não preservado!







Créditos fotos: Silvia Maia de Oliveira



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Relatório do seminário 7. Fontes históricas: fontes arqueológicas - 27/09/2011


Olá galerinhaa, mais uma postagem de relatório, da disciplina Temas e História de Sergipe I, ministrada pelo prof. Dr. Antônio Lindvaldo Sousa. A Apresentação realizou-se na Did. 3, sala 110, no dia 27/09/2011, às 20h10. O tema do seminário, “Fontes Históricas: fontes arqueológicas”, os integrantes: Alison Oliveira, Felipe Trindade, Ítalo Duarte, Leninaldo Cruz (não compareceu) Tavyla Laís. Os recursos utilizados: apresentação oral, data-show, vídeo, folder e fotografias.
O acadêmico Ítalo Duarte foi quem apresentou o tema e o grupo, em seguida mostraram o vídeo sobre a Arqueologia como fonte histórica. Após a exibição do recurso audiovisual, o Felipe abordou sobre a origem da história, citando os expoentes desta ciência, como Heródoto e Tucídides, de acordo com a explicação, foram eles os primeiros historiadores nas quais mostravam os grandes acontecimentos da Grécia para que não fossem esquecidos.
No entanto, a Arqueologia deriva da história, tendo surgido como uma maneira de disponibilizar as fontes escritas sobre o passado e de complementar as informações existentes com evidencias materiais escritas, além de auxiliar a história.
O discente Alison explicou sobre fontes históricas e artefatos, segundo ele, os arqueólogos descobriram sarcófagos egípcios e escreviam textos a respeito, como se estivessem “invadindo” a área do historiador.
Dando continuidade ao seminário, o aluno Ítalo explicou sobre as fontes arqueológicas e as fontes escritas. Mencionando ser possível aliar fontes escritas sobre as sociedades ágrafas com fontes arqueológicas, assim como, os achados arqueológicos na comparação das sociedades, inclusive, fontes arqueológicas e fontes escritas.
A aluna Tavyla, abordou sobre como se aprofundar no estudo das fontes arqueológicas. Para isso, é necessário elaborar um relatório de escavações e catálogos de peças, depois deve fichar com fontes e separar interpretações da documentação primária, além disso, prepara fichas de artefatos.
Ao final da apresentação, os componentes do grupo mostraram à turma, fotografias arqueológicas. Só assim, temos uma noção de como é o trabalho dos arqueólogos!


sábado, 24 de setembro de 2011

Resumo do texto: "Tupinambá e Tapuia " (Aula 22/09/2011)


“Tupinambá e Tapuia” In: SOUSA, Antonio Lindvaldo. Temas e História de Sergipe I. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe/CESAD, 2007. pp. 47-59.

Tupinambá e Tapuia (Aula 22/09/2011)
Por: Silvia Maia de Oliveira
O texto “Tupinambá e Tapuia” do professor Dr. Antonio Lindvaldo Sousa, é composto pela apresentação (p. 47); Introdução (p. 48), Ser Indígena (p. 49); Atividades (p. 55); Conclusão, Resumo, Atividades (p. 58) e Referências (p. 59). Existem dois mapas ilustrativos, mostrando os rios, conhecidos hoje como Real e Sergipe e o outro, indicando a presença de jesuítas no atual território de Sergipe. Além disso, 4 imagens compõe o referido texto, como forma ilustrativa.
Segundo Sousa, antes da chegada dos primeiros jesuítas ao território compreendido por Sergipe, existiam inúmeros grupos de povoamentos indígenas na região, próximo aos rios conhecidos hoje, por Real e Sergipe. Os primeiros jesuítas que aqui chegaram em 1575 foram os irmãos Gaspar Lourenço e João Solônio. O autor menciona que, “os jesuítas sabiam por que estavam construindo suas missões no litoral do território brasileiro. Eles só chegaram a Sergipe [...]”. (p. 49).
Outra abordagem feita por Sousa é de que “havia espaços ocupados e culturas antes da chegada desses padres e demais colonizadores no território sergipano”. (p. 50). Nesse sentido, segundo o autor, a História de Sergipe e do Brasil como um todo não começa com a chegada do homem do “Velho Mundo”.
Sousa lembra em relação aos manuscritos, “não conhecemos nenhuma fonte escrita pelos próprios primeiros habitantes que nos proporcionam uma aproximação da sua maneira de ser, dos seus símbolos, dos seus rituais, entre outros aspectos da cultura. As fontes que temos são deixadas pelos viajantes, cronistas, padres ou documentos do colonizador” (p. 50). Dessa forma, “o pesquisador está diante das fontes escritas pelo colonizador e a elas estão cheias de armadilhas, podendo nos levar a uma compreensão distorcida dos primeiros habitantes” (p. 51). Por conta do preconceito, a partir do etnocentrismo.
No que se refere aos índios, Sousa aborda que para não haver generalização dos primeiros povos, existem duas unidades culturais e/ou raciais dos índios, sendo: os tupi e os tapuia. Sousa cita Dantas, “a categoria nativa Tapuia foi transformada em categoria analítica, dando início a um processo de classificação por exclusão: o que não fala Tupi, é Tapuia” (p. 52). Segundo Sousa, “Tapuia é uma palavra da língua tupi que significa bárbaro e inimigo. Os tapuia eram uma generalização dos tupinambá em referência a todos os outros povos inimigos deles que habitavam outras partes do território brasileiro que não litoral, sendo que nem falava as suas línguas” (p. 52). Além dos tupinambá, outros índios habitaram o território sergipano, como os Kiriri, Boimé, Karapotó, Aramuru, Kanxagó, entre outros.
Sousa aborda sobre os Tupinambá, “estavam localizados, principalmente, na costa sergipana à época da chegada dos jesuítas e dos demais conquistadores. O ‘modo de ser’ tupinambá deixou várias marcas no litoral nordestino”. (p. 54).
Finalizando o texto, o autor menciona os vários termos utilizados hoje, pelos tupinambá, como o beiju tão popular na culinária sergipana, o jenipapo, maturi e sururu. Cada nome possui significados segundo a cultura tupinambá. O jenipapo, por exemplo, “era usado como bebida e tintura para escurecer a pele, para se esconder dos espíritos maus ou ir à guerra”. (p. 56). Pode-se observar que os povos indígenas possuem suas especificidades e rituais específicos de cada um, o que torna o estudo sobre eles, mais interessante!